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Para Ángela Figuera
Aymerich, Nada sabemos das volutas do sol,/das horas longuíssimas,/das nuvens
ou das turbulências do céu,/só o cristal das palavras acende//o teu sangue de
doces carvalhos, castanheiros, na tua terra de odores./Na tua casa, respiras a
sombra violeta,/a luz inicente,/eimprimes, na noite, o teu canto, /lugar
desnudo,/onde as andorinhas fazen o seu
ninho/quando, em silencio, revolvem,/nos olhos,/a sua mograçâo de Primavera
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